Síndrome Metabólica

O que é síndrome metabólica?

A síndrome metabólica é um conjunto de alterações metabólicas e hormonais, especialmente correlacionada com o excesso de adiposidade abdominal, contribuindo para a resistência à insulina, hipertensão arterial, dislipidemias, favorecendo o risco de desenvolvimento de doença cardiovascular por aterosclerose.

Em termos mais simples, a síndrome metabólica é uma condição que ocorre quando um conjunto de fatores de risco, como obesidade, resistência à insulina, hipertensão arterial e níveis elevados de colesterol e triglicerídeos no sangue, ocorrem juntos em uma pessoa. Esses fatores aumentam o risco de doenças cardiovasculares, diabetes e outras condições crônicas.

Causas da síndrome metabólica

A síndrome metabólica pode ter várias causas, incluindo dieta inadequada, falta de exercício físico, tabagismo e predisposição genética. É importante notar que a síndrome metabólica pode afetar pessoas de todas as idades, gêneros e etnias, mas é mais comum em pessoas com mais de 40 anos e em pessoas com excesso de peso.

Fatores de risco para síndrome metabólica

Inflamação, elevação dos triglicerídeos, redução do "bom" colesterol (HDL-C), estresse oxidativo, estado pró trombótico, gordura abdominal elevada, glicose sanguínea elevada, hipertensão arterial, resistência à insulina.

Obesidade e síndrome metabólica

A obesidade é um grande vilão para o desenvolvimento da síndrome metabólica, uma vez que o excesso de gordura, especialmente abdominal, acaba por interferir no funcionamento adequado dos órgãos, além de favorecem a resistência a ação da insulina, mantendo níveis de glicose sanguínea mais elevados, favorecendo a aterosclerose, que consequentemente aumenta o risco de doença cardiovascular.

Por que pessoas com síndrome metabólica podem desenvolver diabetes tipo 2?

As células humanas, especialmente as musculares, possuem receptores para a insulina em suas membranas. Quando a insulina se liga no receptor de membrana, proteínas transportadoras de glicose (GLUT) são acionadas e permitem a entrada de glicose nas células. Porém, quando ocorre processo de resistência a ação da insulina, a ligação com o receptor de membrana fica comprometida, desta forma poucas proteínas transportadoras conseguem ser acionadas, fazendo com que a glicemia fique elevada por mais tempo.

Uma vez que esse processo ocorre, o pâncreas, órgão responsável por produzir e secretar a insulina, precisa aumentar a liberação deste hormônio para tentar compensar a hiperglicemia, porém quando isso ocorre cronicamente, ao longo de anos, as células beta pancreáticas acabam entrando em falência devido a sobrecarga de trabalho, ou seja, vão morrendo, e a pessoa passa a não somente ter a resistência insulínica, como passa a se tornar diabético não-insulino depedente, no caso diabetes tipo 2.

E é importante perceber que um dos grandes fatores responsáveis pela resistência insulínica é a obesidade caracterizada por grande quantidade de gordura abdominal, que se trata de uma condição que favorece a um estado de inflamação crônica de baixo grau, que contribui para esse processo.

Outras doenças associadas à síndrome metabólica

Desordens neurológicas, câncer, doenças cardiovascular, diabetes tipo II, acidente vascular, esteatose hepática não alcoólica.

Sintomas da síndrome metabólica

A síndrome metabólica é uma condição silenciosa, o que significa que muitas vezes não apresenta sintomas. No entanto, algumas pessoas podem apresentar sintomas como fadiga, falta de energia, aumento da sede e vontade frequente de urinar.

Como tratar síndrome metabólica

A prevenção e tratamento da síndrome metabólica incluem mudanças no estilo de vida, como uma dieta saudável e equilibrada, exercício físico regular, abandono do tabagismo e controle do estresse. Em alguns casos, medicações podem ser prescritas para controlar os níveis de colesterol, triglicerídeos e pressão arterial. É importante que as pessoas com síndrome metabólica recebam tratamento adequado para reduzir o risco de doenças cardiovasculares e outras condições crônicas.

O controle do peso e a redução da gordura abdominal é parte fundamental do tratamento da síndrome metabólica. Um plano alimentar bem elaborado, associado a exercícios físicos regulares é um excelente caminho para o tratamento.